Como Dados Comportamentais e Transacionais Otimizam Produtos Digitais

Os dados comportamentais e transacionais são usados para otimizar produtos digitais de diversas maneiras, focando em entender o usuário e melhorar o desempenho do produto. Porém, essa ainda é uma pergunta frequente e algumas pessoas, por não terem a oportunidade de trabalhar em um contexto, não conseguem ter clareza de quais seriam esses benefícios. Por isso, preparamos uma lista de contextos e possibilidades para tangibilizar.  

Uso de Dados Comportamentais (Product Analytics)

Aumento da compreensão do comportamento do usuário

  • Permite entender como os usuários interagem com o produto digital.
  • Ajuda a identificar o tipo de valor entregue aos usuários e por quanto tempo.
  • Fornece clareza sobre o ciclo de uso/retorno e permite planejar ações de reengajamento.
    Auxilia na definição de estratégias para aumentar o tempo de relacionamento dos usuários com o produto (LTV).

Melhoria da experiência do usuário e do produto

  • Identificação de erros através de eventos e alertas.
  • Priorização de melhorias, como otimizar páginas com maior volume de acessos e maior tempo de carregamento.
  • Identificação de etapas do fluxo que geram maior perda de usuários (drop-off).
    Avaliação se os usuários estão compreendendo o texto/copy e se há elementos na interface gerando confusão.
    Personalização de comunicações ativas (ex: push notification, priorização de onboarding).
  • Análises detalhadas incluem:
    • Track de navegação (páginas acessadas, eventos, tempo na página, scroll, bounce rate)
    • Análise de funil e jornadas
    • Heatmaps e gravação de tela
  • Feedback dos usuários (NPS, CSAT, notas em lojas de aplicativos, entrevistas) ajuda a identificar rapidamente mudanças que afetam a experiência, repriorizar o roadmap e otimizar ativos.

Priorização do Roadmap e Definição de Funcionalidades

  • Dados coletados podem melhorar o processo de priorização, ajudando a decidir quais recursos manter, melhorar ou abandonar.
  • Reduz a tomada de decisão entre os integrantes do time para definir o que realmente entrega valor, o que deve ser melhorado e o que deveria ser descontinuado.
  • Traz evidências para gerar hipóteses a serem testadas.

Realização de Experimentos

  • Possibilita a experimentação de diferentes fluxos, designs ou propostas de valor para entender o que entrega mais valor e gera mais resultados de negócio.
  • O processo de experimentação busca aprendizados a partir dos comportamentos que levaram aos resultados.
  • Exemplos incluem testes A/B para avaliar o impacto de pequenas mudanças em sites, e-mails ou anúncios, focando em elementos como imagens e botões de chamada para ação.
  • Experimentação contínua leva à redução da taxa de rejeição e orçamentos de publicidade mais precisos.
  • Uma cultura de experimentação, lado a lado com uma cultura de dados, proporciona:
    • Agilidade na implementação de melhorias;
    • Conhecimento consistente sobre o público alvo;
    • Redução de custos;
    • Redução do time to market;

Percepção do desempenho comercial

  • Ajuda a entender como o produto está se desempenhando comercialmente, monitorando métricas como taxas de aquisição e retenção de clientes.
  • Fornece informações valiosas para o time de vendas e marketing.

Definição do Perfil de Cliente Ideal (ICP)

  • O ICP representa o perfil de cliente que obteve mais sucesso com o produto, indicado pelas taxas de retenção.
  • É definido por características dos usuários ou empresas, incluindo dados comportamentais do uso do produto e pesquisas qualitativas.
  • Beneficia o time de produto ao deixar claro:
    • Quais funcionalidades são o “core” para grupos de usuários que geram mais receita;
    • Quais features não trazem sucesso;
    • Auxilia no roadmap de melhorias;

Uso de Dados Transacionais e Contextuais

Enriquecimento de Dados

  • Dados de marketing e navegação no site são enriquecidos com dados da base de clientes (mantendo PII anônimas).
  • Isso permite compor novas audiências (segmentações) com base nos perfis que mais avançaram no funil.
  • Resulta em audiências enriquecidas e otimizadas para canais de marketing (Facebook, Google, CRM, app push).
  • Contribui para:
    • Redução do Custo de Aquisição de Cliente (CAC)
    • Saving de custos de mídia paga

Visão Holística e Alinhamento

E na realidade, todas essas possibilidades listadas acima, nem sempre aparecem tão organizadas/categorizadas em nosso dia-a-dia de trabalho. Por isso, temos que ter uma visão holística, que é unir essas informações fornecidas por dados com outras informações de operações, dados de mercado, concorrentes e particularidades de cada modelo de negócio e empresa.

  • É crucial ter clareza sobre os objetivos de negócio, do produto e da feature.
  • Os dados precisam estar alinhados coletivamente no grupo de trabalho e no nível da companhia para evitar desentendimentos na estratégia.
  • Um bom setup de coleta de dados é essencial, garantindo que:
    • Os dados certos existam;
    • Estejam disponíveis;
    • O time esteja alinhado em torno dos mesmos objetivos e conceitos;
  • A arquitetura de dados pode envolver ferramentas de mercado e soluções próprias para coletar eventos e integrar dados de diferentes touchpoints da jornada online e offline.

Transformando dados em ação

Por fim, é essencial que essas informações sejam colocadas em prática, saindo do ponto de inércia ou do discurso, e avançando para aplicações práticas de cada contexto.

  • Após a coleta, é fundamental analisar, discutir e tomar decisões com base nos dados, tornando-os parte da rotina do time e criando uma cultura orientada a dados.
  • Ferramentas de visualização de dados (Data Visualization) têm o objetivo de comunicar a informação de forma clara e objetiva para facilitar:
    • A absorção;
    • O processamento;
    • A tomada de conclusão;

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Huxley Dias
Huxley Dias

Fundador da PunkMetrics e líder técnico, com 16 anos de experiência em UX Design, Gestão de Produtos e Growth. Especialista em Product Analytics, com passagens pela Microsoft, Wine.com.br, Loggi e Loft. Professor na PunkMetrics, Tera e PUC-RS. Atua como consultor de analytics, AI e Automações para empresas e mentora times de produto que desejam incorporar AI no ciclo de desenvolvimento de produtos.

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